O rebaixamento do Cruzeiro nos permite refletir sobre a situação do país. Tal qual o Brasil o time do Cruzeiro sofreu ao longo deste ano com uma gestão deplorável, envolvida em escândalos, suspeitas de crimes, e total inabilidade para comandar a equipe. Muitos torcedores insistiram no discurso do “time grande não cai”, cegos em relação a condição do time. Não acreditando que após anos de conquistas o rebaixamento seria o seu destino seguiram firmes em sua ignorância. Assim como muitos brasileiros, parte dos torcedores fecharam seus olhos para o óbvio, para o fato que o caminho seguido os levaria ao precipício. Hoje o Cruzeiro provou o sabor do rebaixamento, assim como Fluminense, Botafogo, Vasco, Palmeiras, Grêmio, Corinthians, Internacional e Atlético um dia provaram, e mais uma vez foi derrubada a máxima do “time grande não cai”, caiu, assim como nosso país também cairá se continuar nesse caminho incerto, com um governo patético e arrogante. E talvez quando quebrarmos o país, seja por inércia ou por participação nesse delírio, indignados cometeremos as mesmas violências cometidas pela torcida no fim do jogo, com consequências ainda maiores, mas só nos restará a segunda divisão da política mundial ou talvez a terceira.
Felipe Hudson
Cidadão Periférico, nascido no extremo sul da Zona Sul de São Paulo, Jardim dos Ipês, que na minha época era só Jardim Ipê. Vivi e sobrevivi a década de 1980 morando em uma região de alta criminalidade e próximo ao bairro mais perigoso do mundo naquele momento. Hoje, Bacharel em Administração pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, Especialista em Política e Relações Internacionais pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Bacharel em História pela Universidade de São Paulo - USP com especialização em História da África e do Negro no Brasil cursada na Universidade Cândido Mendes. Por duas vezes aluno do curso de mestrado no Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos - DIVERSITAS - USP, no Programa Interdisciplinar de Pós-Graduação em Humanidades, Direitos e Outras Legitimidades, mas abandonei por entender que a academia não realiza na prática o que executa em suas fantasias diárias. Sigo nunca esquecendo minhas origens e o lugar onde construí minha consciência e meus ideais de vida! Twitter: @FelipeHudson82 (Poesias Periféricas) E-mail: felipe.hudson82@gmail.com
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