O gado caminha no pasto,
Pensamento gasto,
Procura por mais grama,
Se inflama,
Esquece quem plantou o pasto que lhe alimenta,
Procura apenas por mais comida,
Não se contenta,
Não utiliza sua massa cinzenta,
Apenas lamenta,
E brada pela cidade:
“Quem aqui deseja liberdade?
Queremos apenas comer muito e dormir tranquilos!
No cercado construído pelo frigorífico.
Que magnifíco!”
O gado tem vaidade,
Pouca ou nenhuma memória,
É verdade!
Mas muita vaidade!
O gado caminha no pasto,
Caminha descalço ou de “louboutin”,
Caminha como se fosse a única mente sã,
Embora na realidade esteja infectada,
Dominada pela soberba e intolerância,
Como combustível se abastece de ganância,
Mesclada com pouca cultura,
Na vida mansa ou dura,
Despreza a educação e também menospreza a cultura,
Sonha com uma vida com muita grama e fartura,
Acredita em promessas, é reacionário, e adora uma fatura,
Visualiza como inimigos os que pensam o contrário,
Se orgulha de ser parte do eleitorado,
Não percebe seu papel de otário,
De chamar de mito quem antes era apenas mais um rato,
E agora ou alçaram a rei,
O rei do gado!
Felipe Hudson
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